Castro Verde recebeu reunião alargada para resolver surto na comunidade cigana

Escrito por em 28/01/2021

A Câmara Municipal de Castro Verde, o Movimento SOS Racismo, a Letras Nómadas, a Sílaba Dinâmica e o Alto Comissariado para as Migrações reuniram ontem, à tarde, para avaliar em conjunto a “controvérsia” surgida em torno da comunidade cigana residente no Rossio do Santo, em Castro Verde.

De acordo com um comunicado conjunto, a reunião decorreu, “no sentido de refletirem sobre a gestão do surto de COVID-19 na comunidade, tendo os presentes demonstrado a sua preocupação com o sucedido mas, sobretudo, consensualizando a necessidade de desenvolver e consolidar um trabalho de proximidade e articulação, com vista a uma maior inclusão da população portuguesa cigana residente na autarquia”.

Segundo o documento”, “na sequência de dois casos de COVID-19 identificados na comunidade, a Autoridade de Saúde de Castro Verde determinou a testagem, no dia 23 de janeiro de 2021, das cerca de 50 pessoas residentes no bairro Rossio do Santo, tendo sido verificado que mais 15 moradores estavam infetados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2”.

Segundo explica o comunicado, “os serviços de ação social do município foram ativados para dar apoio às pessoas residentes no Rossio do Santo, através do programa “Fique em Casa, Nós Vamos por Si”, que assegura a entrega de bens alimentares, medicação e outros produtos essenciais às famílias que necessitem. A Câmara Municipal de Castro Verde articulou também com a GNR no sentido de estabelecer um plano para assegurar a fiscalização do confinamento profilático estabelecido, como é procedimento habitual”.

A Câmara Municipal de Castro Verde “esclarece que não teve a intenção de promover qualquer tipo de estigmatização ou discriminação a qualquer grupo específico de residentes e reconhece que a comunicação utilizada não terá sido a mais adequada face à situação em concreto”.

A Câmara de Castro Verde, “garante também que a fiscalização efetuada pela GNR é a mesma realizada nos termos definidos para todas as pessoas sob dever de confinamento e apenas nesses termos”.

A autarquia castrense diz ser “sensível às preocupações transmitidas pelos representantes das associações presentes e já tomou as diligências necessárias para a sua mitigação”.

“No mesmo sentido, os dirigentes associativos presentes reconhecem a existência de um trabalho de proximidade da autarquia com os munícipes ciganos, que importa manter”.

Segundo o comunicado conjunto, “todas as partes envolvidas na reunião expressaram a vontade de desenvolver e consolidar um trabalho de proximidade e articulação, com vista a uma maior inclusão da população portuguesa cigana no concelho de Castro Verde”.

As explicações foram deixadas por António José Brito, presidente da Câmara de Castro Verde, que fala numa reunião com resultados “muito positivos”.

António José Brito




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