PS de Vidigueira acusa executivo da CDU de esquecer as freguesias. Autarca diz que verbas são as mesmas (act)

A concelhia do PS de Vidigueira acusa a CDU de “gestão fechada e centralizada”.

Em comunicado de imprensa, a concelhia socialista de Vidigueira afirma que de acordo com o Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2023 “constata-se que as Freguesias foram esquecidas pelo Executivo Municipal, há menos obras programadas para as diferentes localidades do Concelho”.

O PS de Vidigueira que a nível nacional há um “crescimento de orçamentos de Municípios e Freguesias, uma simbiose que tornam os Concelhos melhores e onde se vive melhor”, mas no concelho de Vidigueira “é o Contrário, existe um desinvestimento do Municípios nas Freguesias, menos dinheiro e menos obras Programadas”.

Segundo a concelhia socialista de Vidigueira, o “Fundo Financiamento das Freguesias aumenta, isto é o Estado está a contribuir com mais, e o Município de Vidigueira retira verba de transferências para as Freguesias (…) num ano em que as transferências de competências são um dos temas centrais a nível nacional”.

O PS de Vidigueira afirma que o Executivo CDU “centra todas as suas atenções no Parque Verde”, e apesar di dizer que concorda com a obra, que é uma proposta sua desde 2017, diz não poder “concordar, nem apoiar, quando o resto do Concelho é esquecido”.

O PS de Vidigueira afirma ainda que “não há comunicação entre os Órgãos do Executivo e os das Freguesias, retiram-se obras dos Documentos Previsionais do Município e colocam-se nos Orçamentos das Juntas sem que haja verba para ser executado”, e frisa que “o diálogo necessário para a correta gestão destes órgãos, Município e Freguesias, evidencia-se estagnado ou com as vias de comunicação entupidas, pois as opiniões dos presidentes de junta pouca importância parecem ter”, dizendo  ainda tratar-se de um “episódio recorrente”.

Em declarações à Rádio Vidigueira, o presidente da concelhia do PS de Vidigueira, David Borges, acusa o executivo da CDU de “centralizar tudo na sede de concelho”, e retirar verbas às freguesias.

Em resposta às criticas socialistas, o presidente da Câmara Municipal de Vidigueira, Rui Raposo, esclareceu num vídeo na sua página pessoal da rede social Facebook, que “não há menos apoios para as freguesias”, residindo a diferença na transferência de verbas com a realização de contratos interadministrativos, sendo o “valor igual aos anos anteriores”.

Ru Raposo justifica esta decisão, com a procura de “soluções mais rápidas” com apoio de fundos comunitários.

O presidente da Câmara Municipal de Vidigueira, afirmou ainda que o apoio às famílias, educação e segurança, são o “principal investimento” no orçamento para 2023, que vai ser o “maior orçamento com verbas de apoio às famílias”.