Projeto de expansão de Neves Corvo avança no primeiro semestre deste ano

Escrito por em 11/02/2022

O projeto de expansão do zinco (ZEP) nas minas de Neves-Corvo, em Castro Verde (Beja), avaliado em 360 milhões de euros, vai entrar em produção no primeiro semestre deste ano.

Segundo revelou ontem, à agência Lusa, o administrador-delegado da empresa concessionária, António Salvador, depois dos atrasos registados com a suspensão do projecto em 2020, devido à pandemia, este “será o ano em que o ZEP iniciará produção”.

De acordo com o administrador-delegado da Somincor, concessionária das minas de Neves-Corvo e propriedade da multinacional sueco-canadiana Lundin Mining, o plano da empresa “contempla o início da produção alargada de zinco na primeira metade do ano”, tendo “o primeiro trimestre como referência”.

“A construção do projeto ficou substancialmente concluída no final de 2021 e deverá incrementar os índices de produção durante o primeiro semestre de 2022”, acrescentou.

Com a entrada em funcionamento do ZEP, a produção de zinco em Neves-Corvo, em Castro Verde, este ano, “deverá ficar entre 110.000 e 120.000 toneladas”, estimando-se ainda uma produção de 33.000 a 38.000 toneladas de cobre.

“À medida que o ZEP incrementa a sua atividade, a produção aumentará para 142.000 a 152.000 toneladas de zinco e de 35.000 a 40.000 toneladas de cobre, em 2023”, adiantou António Salvador.

O projeto ZEP em Neves-Corvo foi anunciado pela Lundin Mining em abril de 2017, mas acabou adiado no início de 2018, devido às “perturbações laborais” ocorridas em Neves-Corvo no trimestre anterior.

O investimento acabou por ser retomado em março de 2018, sendo suspenso dois anos depois, em março de 2020, com o surgimento da pandemia de covid-19.

Os trabalhos foram retomados em janeiro de 2021 e estão agora na fase final.

Para António Salvador, o ZEP “é fundamental para a sustentabilidade futura de Neves-Corvo”, não só porque “permitiu à Somincor construir novas infraestruturas”, como vai também “incrementar a produção de zinco” e “potenciar novas áreas de produção subterrâneas”.

“Em virtude do acréscimo de produção de zinco, passaremos a ser, cumulativamente, uma referência na produção de zinco na Europa, tal como já somos no cobre”, destacou.

Este investimento irá igualmente contribuir para “a mudança para um modelo de sociedade mais sustentável”, acrescentou.

“Os metais que extraímos tornarão possível a mudança para uma economia de baixo carbono e isso é algo de que todos devemos orgulhar-nos”, vincou.

A par da entrada em funcionamento do ZEP, a Somincor pretende continuar, este ano, com “a prospeção de minérios de cobre e zinco” nas áreas de concessão onde detém atualmente “direitos de mineração, exploração e investigação”.

Segundo revelou António Salvador,  o programa de sondagens da Somincor em 2022 prevê, “entre o subsolo e a superfície”, um total combinado “de cerca de 70 quilómetros de perfuração”, num investimento estimado “em cerca de 10 milhões de euros”.


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