Profissionais de saúde privados de Beja dizem se apreensivos pela não integração nos profissionais prioritários
Written by Admin RVidigueira on 20/04/2021
Um grupo de profissionais de saúde privados de Beja dizem estar apreensivos por não terem sido incluídos no processo de vacinação até ao momento.
O grupo de profissionais de saúde privados da cidade de Beja, nomeadamente Centro de Radiologia de Beja, Centro de Imagiologia do Baixo Alentejo, Clínica Médica José Barriga e LACLIBE (Laboratório de análises clínicas de Beja), enviaram uma carta ao Presidente da República, Ministra da Saúde e coordenador do Plano de Vacinação, a questionar o porquê da não integração nos grupos prioritários , depois de no final de Janeiro terem apresentado uma exposição à ULSBA com o “objetivo de sermos considerados profissionais de saúde prioritários no plano de Vacinação contra a COVID-19, como consta no Plano de Prioridades, critério 2 (Resiliência do Estado)”.
Neste documento estes profissionais de saúde dizem ter recebido a 12 de Fevereiro, a “informação da ARSA de que a vacinação para os privados estaria para breve, mas sem datas previstas, e até ao momento sem explicações.
Este grupo de profissionais realça que “estas quatro entidades foram, praticamente, as únicas em consulta diária e presencial em período de pandemia” , considerando esta atitude “completamente discriminatória e lesiva da boa harmonia entre prestadores de saúde pública e privada, colocando em risco a saúde dos utentes e tornando-se um problema para a saúde pública”.
Nesta missiva os profissionais de saúde privados de Beja, atribuem “ responsabilidades, éticas e morais, a quem de direito, pela eventual eclosão e possível desenvolvimento de um surto nestas instituições, com consequências imprevisíveis”.
Em declarações à Rádio Vidigueira, José Barriga, o médico signatário desta carta, diz tratar-se de uma situação “revoltante” uma vez que estes profissionais “não estão a ser tratados em pé de igualdade”.