ULSBA em risco de ficar sem médicos de saúde pública
Written by Admin RVidigueira on 25/11/2020
A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) corre risco de ficar sem médicos de saúde pública se não for possível substituir os atuais que estão de saída.
Em declarações feitas ontem, à agência Lusa, a presidente da ULSBA, Conceição Margalha, explicou que a Unidade de Saúde Pública daquela entidade, tem atualmente três médicos, nomeadamente dois especialistas em saúde pública e uma interna em formação na especialidade.
Segundo explicou Conceição Margalha, os dois médicos especialistas candidataram-se a um concurso de mobilidade e ficaram colocados na Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, para onde vão ser transferidos.
Se os dois especialistas não forem substituídos, a terceira médica interna não poderá continuar na ULSBA sem tutor e terá de sair para continuar a formação na especialidade noutra unidade de saúde, frisou.
De acordo com a presidente da ULSBA, uma vez que se trata de uma transferência ao abrigo de um concurso que “não pode ser impedido”, a ULSBA, “perante a atual situação de pandemia, está a desenvolver esforços para a colocação dos dois médicos especialistas na ARS de Lisboa e Vale do Tejo não se efetivar de imediato e ser protelada” até haver uma solução.
A responsável frisou que a ULSBA “não pode contratar diretamente médicos de saúde pública” e vai ter que esperar pelo concurso nacional que o Ministério da Saúde irá lançar no final deste ano para contratar e colocar médicos recém-especialistas em unidades do Serviço Nacional de Saúde.
Se os clínicos saírem sem serem substituídos, a ULSBA “ficará sem médicos de saúde pública, mas não sem conseguir dar resposta à pandemia” porque “tem outros cinco médicos de família que desempenham funções de autoridade de saúde e têm colaborado no processo” de gestão da covid-19, frisou.
Em declarações à Rádio Vidigueira, o presidente do Conselho Sub-regional de Beja da Ordem dos Médicos (OM), Pedro Vasconcelos, expressou a sua preocupação, em relação a esta situação, dizendo ser uma situação “bastante preocupante ” e que se pode tornar “dramática”.
