SPZS alerta para falta de docentes
Escrito por Admin RVidigueira em 10/11/2020
O Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) efetuou um questionário junto dos agrupamentos de escolas do Alentejo e Algarve, sobre os horários em falta.
De acordo com o SPZS em comunicado, “há 41 docentes em falta no distrito de Portalegre, 27 no distrito de Évora, 48 no distrito de Beja e 119 no distrito de Faro”.
Segundo o Sindicato dos Professores da Zona Sul, “os dados obtidos são bastante preocupantes, pois após cinco semanas decorridas do início do ano letivo há necessidade de, pelo menos, 235 docentes na área sindical do SPZS”.
Segundo o SPZS, “a falta de professores atravessa todos os ciclos de ensino, sendo muito mais relevante no 3º Ciclo e Secundário, a saber: no 1º Ciclo faltam 28 professores, incluindo na disciplina de Inglês; no 2º Ciclo há falta de 37 professores, sendo as disciplinas de Português, Inglês, Educação Musical e Educação Moral e Religiosa Católica, as mais relevantes; no 3º Ciclo e Secundário há necessidade de 169 professores, principalmente nas disciplinas de Português, Inglês, Espanhol, História, Geografia, Matemática, Física e Química, Informática e Artes Visuais”. A falta de docentes da Educação Especial também é notória, revelando que há muitos alunos com necessidades educativas especiais que não estão a receber o devido apoio por parte do nosso sistema de ensino.
O SPZS refere ainda que ao analisar os dados disponíveis, concluiu que a maior parte dos horários são temporários e/ou incompletos, muitos deles decorrendo de baixas médicas dos docentes com idade mais avançada, o que os torna mais difíceis de ocupar
O SPZS e a FENPROF “defendem que a falta de docentes poderá ser colmatada, entre outras, através do reforço de docentes nos quadros das escolas / agrupamentos de escolas; da eliminação do abuso do recurso à contratação a termo; do reforço do cariz nacional dos concursos e da graduação profissional como critério de ordenação dos candidatos; da redução da área geográfica dos QZP e do acesso à totalidade das vagas abertas a concurso por parte de todos os candidatos aos concursos”.
Manuel Nobre, presidente do Sindicato dos Professores da Zona Sul, fala numa situação “grave e preocupante”.