SOLIM manifestou “preocupação e indignação” com casos de violação dos direitos humanos de imigrantes na região
Escrito por Admin RVidigueira em 08/02/2022
A SOLIM – Solidariedade Imigrante manifestou em comunicado a sua “preocupação e indignação face às graves violações dos direitos humanos” das comunidades imigrantes no Alentejo.
De acordo com a Associação Solidariedade Imigrante, estas comunidades “dão um contributo insubstituível à economia e à vida social” da região, “vítimas de tráfico humano, da exploração laboral e de condições de habitação degradantes, tornaram-se um alvo fácil de violência policial”.
A Solim recorda a “agressão, sequestro e tortura de imigrantes por militares da GNR de Vila Nova de Milfontes”, bem como na “noite de passagem do Ano, duas dezenas de agentes da PSP, saídos de quatro viaturas, carregaram sobre grupos que confraternizavam na Praça da República”, em Beja.
A Solim recorda ainda o caso do agente da PSP, Eurico Santos, que continua ao serviço, “acusado pelo Ministério Público do crime de “tortura, tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes” contra um cidadão ucraniano”, em Novembro de 2019, na presença de outros agentes da PSP.
Segundo a Solidariedade Imigrante, “perante esta sucessão de graves violações dos direitos humanos perpetradas contra imigrantes por elementos das forças policiais, a SOLIM exige ao governo, através do MAI e da IGAI, a suspensão imediata de funções dos agentes acusados”.
A Solim justifica que “além do perigo de reincidência comprovado, estes comportamentos traduzem uma mentalidade racista e xenófoba inaceitável entre quem tem responsabilidade de velar pela segurança de todos os cidadãos, sem discriminações”.
As explicações são de Alberto Matos, da delegação de Beja da Solim – Associação Solidariedade Imigrante.
Alberto Matos