Sindicato dos Médicos da Zona Sul diz existir boicote à colocação de médicos nas zonas carenciadas

Escrito por em 22/07/2021

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul diz estar a ser “boicotada” a colocação de médicos em zonas carenciadas.

Em comunicado de imprensa o SMZS afirma que “o processo de recrutamento de médicos que está a decorrer atualmente apresenta erros e não contempla as necessidades identificadas no país”, “apesar de o Ministério da Saúde ter emitido um despacho a identificar os serviços e especialidades carenciadas, muitas destas não constam do mapa de vagas que foi colocado a concurso”.

O Sindicato considera que depois de uma “análise detalhada do mapa de vagas do atual concurso para a colocação de médicos recém especialistas”, “muito provavelmente existe um boicote deliberado à colocação de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”

O SMZS refere que antes da abertura dos concursos  foram identificados, serviços e especialidades carenciadas em diversos pontos do território nacional, correspondendo  estas vagas carenciadas a um conjunto de incentivos pecuniários e não pecuniários com vista à fixação de jovens médicos, sendo que “muitas destas vagas acabaram por não constar do mapa de vagas do concurso”.

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul, afirma que apesar da situação “não ser nova, é particularmente grave tendo em conta o difícil período do país, devido à pandemia de COVID-19, e a necessidade urgente de reforçar o SNS”.

O SMZS “critica a tutela e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) por falharem na concretização de medidas necessárias à fixação de médicos e, assim, contribuírem para o enfraquecimento do SNS, e exige que os concursos para recém especialistas respeitem os mapas de vagas carenciadas”.


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