Rui Garrido critica “deselegância” da Ministra da Agricultura
Escrito por Admin RVidigueira em 01/02/2024
O presidente da ACOS – Associação de Agricultores do Sul criticou esta manhã, a “deselegância” da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, de “mandar a culpa para os funcionários” sobre o corte das verbas dos ecorregimes.
Presente na manifestação dos agricultores na fronteira de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa (Beja), onde a Estrada Nacional 260 (EN260) está cortada nos dois sentidos, o presidente da ACOS, Rui Garrido, considerou que a ministra cometeu uma “deselegância para com os seus funcionários” do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP).
“Como se a senhora ministra não soubesse que o dinheiro que foi pago não chegava”, argumentou, aludindo a declarações de Maria do Céu Antunes, na quarta-feira.
Aludindo também às declarações de hoje da ministra da Agricultura à SIC, Rui Garrido insistiu que a governante reiterou que “a culpa foi do IFAP” e que “esse facto fica-lhe muito mal, mandar a culpa para os funcionários”.
“Ninguém que tenha bom senso acredita que a senhora ministra não soubesse que o dinheiro que estava previsto para pagamento destes ecorrregimes, nomeadamente a produção integrada e a produção biológica, iria faltar”, argumentou.
Para os agricultores, frisou, “o que a senhora ministra diz, normalmente, não se costuma escrever”, portanto, a atitude é a mesma, apesar dos apoios entretanto anunciados: “Estamos aqui um bocadinho [à espera de] ver para crer, não é?”.
O presidente da ACOS juntou-se, esta manhã, aos agricultores que, às 03:00, cortaram a EN260 na zona de Vila Verde de Ficalho, a alguns quilómetros da fronteira com a localidade espanhola de Rosal de La Frontera, na Andaluzia.
O protesto, inicialmente, contava com cerca de 100 tratores e máquinas agrícolas, que foram atravessados na via, em linhas sucessivas, e quase o mesmo número de agricultores, mas, ao longo da manhã, foram chegando mais viaturas e pessoas.
Segundo a organização, o Movimento Civil Agricultores de Portugal, o bloqueio jjuntou180 tratores e máquinas agrícolas, assim como algumas centenas de ‘homens da terra’, provenientes de concelhos como Serpa, Moura, Mértola, Barrancos ou Beja.
Grupos de agricultores marcam presença durante umas horas e vão embora, sendo substituídos por outros, mas há sempre pessoas a chegar e a sair do protesto, que está a ser vigiado por elementos da GNR.
Rádio Vidigueira/Lusa