PJ realiza megaoperação no Alentejo por tráfico de seres humanos(act.)

Escrito por em 23/11/2022

A Polícia Judiciária (PJ) levou a cabo uma megaoperação no Alentejo por tráfico de seres humanos, associação criminosa e branqueamento de capitais.

Em comunicado revelado esta manhâ, a  Polícia Judiciária, deu conhecimento desta “vasta operação policial”, através da Unidade Nacional Contraterrorismo, no âmbito de inquérito titulado pelo DIAP de Lisboa, envolvendo cerca de quatrocentos operacionais, em várias cidades e freguesias da região do Baixo Alentejo, tendo procedido ao cumprimento de sessenta e cinco Mandados de Busca domiciliária e não domiciliária, e à detenção fora de flagrante delito de trinta e cinco homens e mulheres.

Segundo revelou a Policia Judiciária, os  “suspeitos com idades compreendidas entre os 22 e os 58 anos de idade, de nacionalidade estrangeira e portuguesa, encontram-se fortemente indiciados pela prática de crimes de associação criminosa, de tráfico de pessoas, de branqueamento de capitais, de falsificação de documentos, entre outros”.

De acordo com a PJ, “os suspeitos, integram uma estrutura criminosa dedicada à exploração do trabalho de cidadãos imigrantes, na sua maioria, aliciados nos seus países de origem, tais como, Roménia, Moldávia, Índia, Senegal, Paquistão, Marrocos, Argélia, entre outros, para virem trabalhar em explorações agrícolas naquela região do nosso país”.

Na sequência desta ação policial, resultou a apreensão de vários elementos probatórios, bem como a identificação de dezenas de vítimas.

Esta operação contou com a colaboração de várias entidades estatais e não estatais, quer em apoio logístico, quer no encaminhamento das vítimas.

Os detidos foram levados para a cidade de Beja, para o Parque da Cidade, onde estão instalados contentores e uma tenda, num verdadeiro centro de operações, cujas diligências estão a ser acompanhadas no terreno pelo juiz Carlos Alexandre.

De acordo com a CNN Portugal, na base está a exploração, em condições sub-humanas, de semiescravidão, centenas de trabalhadores estrangeiros em campos agrícolas da região e no centro do país, ficando com os ordenados das vítimas, pagos pelos empregadores, fazendo fortuna, e ostentando vários sinais exteriores de riqueza.

Os suspeitos contam ainda com a colaboração de uma solicitadora da vila de Cuba, também detida, para a criação de empresas fantasma e falsificação de documentos.

Em declarações à Rádio Vidigueira, Alberto Matos, dirigente da Associação Solidariedade Imigrante, em Beja, afirma que este caso “infelizmente não é novidade”, apontando que esta situação se vive desde o litoral até ao interior alentejano, dizendo ser necessário “atuar em termos de prevenção e defesa dos diretos humanos dos trabalhadores”.

Alberto Matos


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