PCP está contra integração da direção regional de cultura na CCDRA
Escrito por Admin RVidigueira em 10/05/2023
A Direção Regional do Alentejo do PCP está contra a integração da direção regional de cultura do Alentejo na CCDRA.
Esta foi uma das questões analisadas, pelos comunistas na reunião de ontem, em Évora, onde analisaram a situação da região.
Segundo a DRA do PCP, “a perspectiva da extinção da Direção Regional da Cultura do Alentejo e a sua colocação na dependência da CDDR terá graves consequências na defesa da cultura e património da região”.
O PCP afirma que “não desistirá de lutar contra a extinção da Direção Regional da Cultura, e não baixará os braços na exigência do apoio à cultura e aos diversos agentes culturais e apelando à sua luta contra esta medida”.
A DRA do PCP, “alerta mais uma vez para os enormes riscos inerentes ao crescimento descontrolado da monocultura intensiva”, chamando a atenção para o facto do olival e o amendoal ocuparem no perímetro de rega de Alqueva, “uma área de mais de 75%, ocupando as culturas permanentes uma área de 82% e as culturas anuais 18% o que torna mais difícil a gestão do recurso água”.
O PCP “reafirma a necessidade de uma reserva estratégica de terras, com orientações e definição prévia sobre o processo produtivo, assente na prioridade em produções agrícolas que diversifiquem a base económica, criem valor acrescentado, favoreçam e dinamizem o relevante papel da agricultura familiar e reconheçam e valorizem o papel dos trabalhadores agrícolas”.
A direção regional do Alentejo do PCP, aponta ainda a “necessidade da melhoria das acessibilidades em toda a região”, ser cada vez mais premente, “adensando-se as razões que a justificam, quer seja as que resultam da simples necessidade de deslocação de pessoas e mercadorias atendendo à sua acentuada degradação, quer as decorrentes do contributo que vias devidamente qualificadas podem dar para a dinamização da actividade económica e o complementar aproveitamento de todas as infra-estruturas existentes como é o caso do Aeroporto de Beja”.
A DRA do PCP “afirma a sua inabalável determinação em continuar a lutar pelo pleno aproveitamento de todas as potencialidades e valências do Aeroporto de Beja e pela melhoria da rede rodoviária e ferroviária na região, como partes integrantes de uma estratégia de desenvolvimento regional do Alentejo e de contributo para o desenvolvimento do País”.
A DRA do PCP “reitera o desafio ao Governo e ao PS para que clarifique a sua disponibilidade para considerar no âmbito da actualização do PRR e de outros instrumentos de financiamento os meios necessários para: a modernização e electrificação de toda a Linha do Alentejo, na ligação entre Casa Branca – Ourique/Funcheira, incluindo na ligação ao aeroporto de Beja e na garantia do serviço de Alta Velocidade até 250km/h nesta linha; para a conclusão do IP8 na sua totalidade, entre Sines e Vila Verde de Ficalho, conforme definido no Plano Rodoviário Nacional, com duas vias de trânsito em cada sentido e sem portagens; a conclusão do IP2, designadamente no troço entre Évora e Estremoz”.
A DRA do PCP, “reitera igualmente o desafio ao Governo para clarificar quais as medidas que entende tomar para concretizar as recomendações aprovadas na Assembleia da República relativas ao aproveitamento, a curto e médio prazo, do aeroporto de Beja e a sua plena integração na rede aeroportuária nacional”.