NERBE/AEBAL indignado com medidas aplicadas aos concelhos de Moura, Barrancos e Odemira
Escrito por Admin RVidigueira em 21/04/2021
O NERBE/AEBAL manifestou, em comunicado, “a sua profunda indignação sobre as medidas previstas para três concelhos do distrito de Beja, nomeadamente Moura, Barrancos e Odemira”, que não avançaram para a terceira fase do desconfinamento, iniciado na passada segunda-feira.
Segundo a Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral, “é incompreensível que, Moura com 17 casos e Barrancos com 4 casos não possam passar à terceira fase, o que permitiria às empresas dos referidos concelhos, voltarem a respirar alguma normalidade”.
A associação empresarial considera que “o critério utilizado penaliza os concelhos de menor população e de maior área geográfica, como são os casos da maioria dos concelhos” do distrito de Beja.
Neste comunicado o NERBE/AEBAL refere ainda que no caso de Odemira, “apesar do número de incidências ser bastante maior, é preciso não esquecer que grande parte está localizado na população migrante e que, estes mesmos migrantes, que são mais de 20 mil, não contam para o cálculo da população existente”.
Segundo a associação de empresários, “uma fórmula mal elaborada implica, que o concelho retroceda para a fase um, o que obsta que os empresários desse concelho possam abrir e voltar a ter as receitas que tanto precisam para manter os seus postos de trabalhos e continuarem em atividade”, sendo que “estas situações são extremamente penalizadoras para as nossas empresas, que aguardam por dias melhores”.
O NERBE/AEBAL, diz ainda neste documento discordar “com as regras de encerramento dos restaurantes ao fim-de-semana às 13:00 horas”, justificando que “não encontra nenhuma relação entre as infeções e os horários” e, por outro lado, “impossibilita que, do ponto de vista económico justifique abrir estas unidades ao fim-de-semana”.
A associação empresarial afirma que “bastaria que o horário de fecho fosse às 15:00 horas, para que os nossos restaurantes pudessem, pelo menos, trabalhar no horário do almoço”.
O NERBE/AEBAL refere, ainda, que “depois das fórmulas e dos critérios deve imperar o bom senso, porque é isso que nos distingue. Ter a capacidade de ler os números e tomar decisões com base nesses mesmos números, mas, com o bom senso necessário para não prejudicar toda a atividade económica de um concelho, numa fase em que as nossas empresas atravessam graves constrangimentos”.
O NERBE/AEBAL espera “que, à semelhança do que tem acontecido em decisões anteriores, o Governo venha rapidamente reconhecer e emendar estes erros que tanto prejudicam as nossas empresas”.
As explicações são de Filipe Pombeiro, o presidente do NERBE/AEBAL, diz que os critério tomados, precisam de ser “revistos”, “sob pena da actividade económica ficar com constrangimentos muito graves”.
Filipe Pombeiro