Médicos iniciam greve por três dias

Os médicos do sector público, iniciam esta terça-feira, uma greve de três dias.

O protesto foi convocado pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) que dirigiu uma carta aberta aos portugueses a dar conta dos motivos do descontentamento.

Na missiva, o Sindicato lamenta “os constrangimentos inevitáveis” garantindo que “tudo, mas mesmo tudo, fizemos para a evitar”.

Segundo o SIM “o estado de agonia do SNS, provocado pelo desinvestimento nos seus profissionais, reflete-se no aumento do número de portugueses sem médico de família (1,6 milhões) e das listas de espera para consultas e cirurgias.”

Segundo o Sindicato Independente dos Médicos, a greve é “o resultado do total desinteresse do Governo em querer travar o descalabro do SNS” e “apesar de afogados em impostos, os portugueses precisam, muitas vezes, de delapidar as suas poupanças para terem acesso aos cuidados de saúde consagrados na Constituição.”
O Sindicato refere ainda que “em Portugal não há falta de médicos; há incapacidade negligente do Governo em os contratar para o Serviço Nacional de Saúde.”

O SIM frisa ainda que, “o atual SNS não sobrevive sem milhões de horas extras e o esforço desumano dos médicos, que coloca em risco a sua saúde e a saúde de quem assistem” por isso “não é possível continuar neste caminho”
Salários dignos, adequados à sua formação e à responsabilidade da sua profissão, horários de trabalho humanos e tempo para ter uma família e se atualizarem cientificamente é aquilo que os médicos querem e apelam à “compreensão e solidariedade dos nossos concidadãos”