Marcelo Rebelo de Sousa anunciou dissolução do Parlamento e eleições a 30 de janeiro de 2022

O Presidente da República anunciou ontem à noite, aos portugueses a decisão sobre a dissolução do Governo e a data das eleições antecipadas.

Marcelo Rebelo de Sousa  ouviu os partidos e o Conselho de Estado, antes da decisão, de comunicar que decidiu “dissolver a Assembleia da República e convocar eleições para o dia 30 de janeiro de 2022″.

O Presidente da República explicou a tomada desta decisão afirmando que “pela primeira vez em 45 anos de Assembleia, o OE não foi aprovado. A rejeição não ocorreu num qualquer momento, de um qualquer modo, este é um momento decisivo de todo o mundo, este era um OE2022, um ano decisivo em Portugal para a saída duradoura da pandemia e da crise (…) Numa palavra, era um Orçamento especialmente importante num momento especialmente importante para todos os nós”.

Marcelo Rebelo de Sousa diz tratar-se de um final incompreensível para os portugueses. “Nada de menos compreensível, penso eu, para o cidadão comum, que desejava que o Orçamento passasse”.

Contudo Marcelop Rebelo de Sousa defendeu que “em momentos como este existe sempre uma solução em democracia, sem dramatizações, nem temores” e que “faz parte da vida própria da vida da democracia devolver a palavra ao povo”.

“Todos dispensávamos mais uma eleição poucos meses depois de outra. Mas é o caminho que temos pela frente para refazer a estabilidade”.

Recorde-se que o Orçamento do Estado para 2022 foi chumbado na votação na generalidade, em 27 de outubro, com votos contra de PSD, BE, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e Iniciativa Liberal. O documento teve apena votação favorável por parte do PS e abstenções do PAN e das deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.