Junta de Freguesia de Beringel deteta 150 atestados de residência falsos

A Junta de Freguesia de Beringel detetou, no passado sábado, numa ação conjunta com a Guarda Nacional Republicana, 150 atestados de residência falsos requeridos por imigrantes.

Segundo revelou a junta de freguesia de Beringel, foram registados 600 pedidos de atestados de residência em 2024, levando a autarquia a realizar várias diligências nas últimas semanas, culminando com esta ação.

O objetivo, segundo a autarquia de Beringel, foi “aferir da autenticidade de requerimentos de atestados de residência por parte de imigrantes, tendo sido detetados cerca de centena e meia de pedidos que não correspondiam à verdade”.

Segundo avançou a junta de freguesia de Beringel, a “ação de fiscalização, que contou com o empenho do Posto Territorial de Beja da GNR, surgiu após terem sido solicitados na Junta de Freguesia de Beringel, desde o início de setembro, cerca de 170 atestados de residência, para apenas seis habitações, sendo as duas testemunhas do requerimento sempre as mesmas, o que levantou junto dos serviços suspeitas de fraude”.

O executivo da Junta de Freguesia realizou uma visita aos domicílios que os requerentes afirmavam habitar, tendo constatado que em aproximadamente 150 dos casos, os requerentes dos atestados de residência não residiam onde afirmavam no requerimento solicitado.

A Junta de Freguesia de Beringel, após esta ação de fiscalização, “denunciou estes dados ao ministério público, solicitando uma intervenção rápida das entidades competentes” e “suspendeu de imediato a emissão de atestados de residência aguardando o desenvolvimento deste processo”.

As explicações são deixadas pelo presidente da junta de freguesia de Beringel, Vítor Besugo.

O autarca fala numa comunidade “fortemente presente e flutuante” com cerca de 300 individuos “nos últimos meses”, e pede “alterações à lei” para que não seja tão fácil o pedido de atestado de residência.

Vítor Besugo, relata ainda um incidente ocorrido no sábado à noite, com a montra de uma loja gerida por trabalhadores imigrantes, a ser alvo de vários disparos, o que gerou algum “alarme” e “insegurança” nas pessoas, apesar das medidas de integração levadas a cabo pela junta de freguesia ao longo dos últimos anos.