Distritais do PSD no Alentejo consideram “insuficientes” as medidas de combate aos efeitos da seca

As Comissões Políticas Distritais de Évora, Beja e Portalegre do PSD, manifestaram em comunicado a sua “profunda preocupação” com a “insuficiência” das medidas de apoio aos agricultores anunciadas pelo Governo, para fazer face à seca, considerando uma “total desadequação às necessidades do sector”.

Segundo as distritais do Alentejo do PSD, as medidas anunciadas pelo governo, “são claramente de propaganda não resolvendo em absoluto os problemas que o setor atravessa em torno do aumento dos preços dos cereais, fertilizantes, fatores de produção, combustíveis e fatores energéticos. Os custos de produção tornaram-se incomportáveis”.

Segundo o PSD, “as linhas de créditos são uma medida falhada, pelas exigências bancárias no acesso às mesmas e o pagamento antecipado das ajudas corresponde a um direito adquirido dos agricultores, em que o Estado dá o que não é seu”.

Segundo as distritais laranja do Alentejo, “os agricultores reclamam o apoio direto à produção, que no caso da agropecuária deve assumir o apoio por cabeça normal, como forma de compensar o aumento dos custos com a alimentação animal”.

De acordo com a posição das três distritais, “as medidas divulgadas são claramente insuficientes, quando comparadas com as de governos anteriores, em contextos de extrema austeridade, como o liderado pelo PSD/CDS, em 2012”.

O PSD frisa que “ainda não foi fixada data nem os termos do pagamento do adiantamento das medidas do pedido único”, sendo que “os agricultores vão receber um adiantamento e não uma nova ajuda direta, o que vai adiar os problemas de tesouraria a médio/longo prazo, e conduzir a um provável encerramento de actividade”.

As distritais do PSD entendem que a “União Europeia deve assegurar a aquisição conjunta de bens essenciais, nomeadamente de cereais, para evitar a especulação dos preços, à semelhança da intervenção que assumiu para aquisição de vacinas”.

O PSD afirma que “urge, ainda, criar capacidade de retenção e armazenamento de água, considerando a periodicidade de situações de seca”.

As explicações são de Helena Cavaco, vice-presidente da comissão política distrital de Beja do PSD, que afirma que as medidas anunciadas são um “mão cheia de nada”.

Helena Cavaco