Confederação do Ambiente defende utilização do Aeroporto de Beja

A Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente (CPADA) defendeu a utilização do Aeroporto de Beja.

Em comunicado de imprensa a CPADA, considerou a discussão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa “uma oportunidade de “reflexão estratégica ímpar”, que deve ter em consideração a sustentabilidade do modelo a desenvolver, “a qualidade de vida da população residente e uma cuidada análise custo-benefício em que as externalidades envolvidas sejam consideradas”.

A Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente defende um modelo de “mobilidade que minimize os impactos ambientais e respeite a qualidade de vida da população residente e o conforto dos passageiros”, devendo considerar aspectos como a rapidez de acesso à cidade de Lisboa, minimizando o tempo de deslocação; que se priorize um local onde exista uma infraestrutura ferroviária, que permita uma ligação entre o aeroporto e as grandes cidades; e a minimização do impacto ambiental incluindo corredores migratórios, espécies protegidas, lençóis freáticos e impacto de riscos naturais.

A CPADA entende ser necessário adotar medidas que permitam diminuir o trafego aéreo no aeroporto de Lisboa, como a eliminação do tráfego de aviões particulares; a transferência do grosso da carga aérea para outros aeroportos; a aceleração das ligações ferroviárias entre centros urbanos com maior proximidade de Lisboa; e a deslocação parcial do tráfego para aeroportos com capacidade disponível.

A confederação defende a utilização do aeroporto de Beja, dizendo ser “uma infraestrutura subaproveitada”

“[O aeroporto de Beja] dispõe de duas pistas de 3.450m e de 2951m, permitindo a aterragem de A380. Localiza-se a 2h e 2m de Lisboa e 1h 43m de Faro, por estrada. A utilização para usos civis, iniciada em 2011, tem-se limitado a voos charter sazonais e a aterragem de aviões em estacionamento ou reparação. O tempo de deslocação ao litoral algarvio e à Grande Lisboa tem sido o principal impedimento de uma utilização mais intensa que seria potenciada pela construção do troço de acesso da ‘Autoestrada do Baixo Alentejo’, com ligação a Sines”, defende a CPADA, que considera mesmo que eventos como a Jornada Mundial da Juventude “tornam imperiosa a utilização deste aeroporto como suporte da conectividade aérea nacional”.