Comissão Técnica Independente recomenda utilização do Aeroporto de Beja

Escrito por em 02/10/2023

A Comissão Técnica Independente (CTI) divulgou, esta segunda-feira, uma ‘Análise de Curto Prazo da situação atual do Aeroporto Humberto Delgado’ (AHD), onde recomenda a utilização do Aeroporto de Beja.

Trata-se de uma proposta de ações de melhoria da sua eficiência e eficácia operacional, que recomenda utilizar o Aeroporto de Beja para voos de carga e charters enquanto não há novo aeroporto.

Segundo este relatório agora revelado, “ficou claro que o AHD [Aeroporto Humberto Delgado] apresenta ineficiência operacional e de layout que condicionam o uso da capacidade instalada e a possibilidade de uma solução de médio prazo de incremento de capacidades. Assim o foco das intervenções no AHD deve ser orientado para soluções de novas infraestruturas com implementação no curto-prazo, expeditas e não limitativas da operação corrente, bem como para soluções de otimização operacional que promovam a eficiência do uso da capacidade instalada”.

A Comissão Técnica Independente, considera que “a Base Aérea de Beja, nas condições atuais de acessibilidade, não pode ser uma alternativa comercial para gestão das pontas de tráfego de passageiros do AHD e do Aeroporto de Faro, mas pode ser considerada para acolher operações exclusivas de carga e de charters não regulares, libertando espaços do AHD”.

A CTI refere ainda neste relatório, que, “nas atuais condições de escassez de recurso e ineficiência, não há justificação para manter espaços dedicados à operação do AT1, que poderá ser acomodado em outra base aérea que não comprometa a operação do AHD”.

A CTI sublinha ainda que, “finalmente conclui-se que a decisão e aceleração de uma primeira fase de um novo aeroporto assume um carácter de urgência, que se materializa no spillage decorrente da atual situação de congestionamento do AHD, que poderá ser reduzido com as ações propostas, mas não eliminado”.

Segundo a Comissão Técnica Independente, este conjunto de ações  “visam atenuar os impactes negativos das atuais limitações do AHD, numa perspetiva de curto-prazo (5 a 7 anos), e assumindo que o NAL terá pelo menos uma primeira fase operacional nesse prazo”.


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