Cimbal defende medidas para mitigar a seca
Escrito por Admin RVidigueira em 09/02/2022
A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo reuniu ontem, com os presidentes de câmara da sua área de influência.
Segundo a Cimbal, o objetivo foi “elencar um conjunto de medidas/sugestões a propor ao futuro governo, de forma a mitigar os efeitos da seca na região”.
A Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, propõe “um conjunto de intervenções e de apoios de forma a mitigar e, proporcionar condições para que a atividade agrícola e agro-pecuária consiga ultrapassar este dificílimo momento”.
A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo elencou como “urgentes” a autorização para o pastoreio de pousios, culturas anuais, ajudas a fundo perdido à pecuária, ajudas a fundo perdido para construção de charcas, e celeridade nos licenciamentos, ajudas a fundo perdido para a aquisição de depósitos de água e para suportar os custos da distribuição da água, autorizar o acesso à água para abeberamento de gado e a rega de sobrevivência das culturas nos aproveitamentos hidroagrícolas.
A Cimbal elencou ainda como medidas urgentes a autorização para aquisição de alimentação convencional, temporariamente, nas explorações pecuárias em modo de produção biológico; permitir o alargamento do intervalo entre partos nas fêmeas de espécies pecuárias de modo a não penalizar os prémios aos criadores devido às quebras de fertilidade dos efetivos; considerar a elegibilidade de fêmeas jovens para prémio de modo a alterar a estrutura etária dos efetivos , reduzir o período de retenção dos animais no âmbito das ajudas comunitárias, antecipar o pagamento dos apoios aos agricultores no âmbito da PAC, definir um preço para a água de Alqueva para 2022 de modo a garantir a sustentabilidade e sobrevivência de culturas já instaladas (Perímetro do EFMA e Perímetros confinantes) e agilizar o PRR de modo a apoiar a instalação de painéis de energia fotovoltaica.
A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo defende ainda, a médio prazo, criar condições para implementar verdadeiros Seguros Agrícolas que, à semelhança de outras intempéries, considerem também a seca; reativar a medida de eletricidade verde, a ligação da barragem do Roxo ao Monte da Rocha, e constituir uma rede hidrológica nacional, que assegure água para todo o país, ligando o norte ao sul.
As explicações são de António Bota, presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo.