Cercibeja emitiu comunicado na sequência de detenção do seu presidente devido a alegados abusos sexuais

O Conselho de Administração da Cercibeja, perante as recentes noticias veiculadas por diferentes órgãos de comunicação, sobre uma alegada situação de abuso que envolve a instituição, emitiu um comunicado.

No documento a Cercibeja afirma que em “defesa do seu bom nome e enquanto marco na comunidade e pelo respeito a todos os que têm apoiado esta instituição sente-se na obrigação de tomar de imediato uma posição pública sobre o assunto”.

Segundo o comunicado, o  “Conselho de Administração está a envidar todos os esforços para que a verdade seja apurada, mantendo a total disponibilidade para colaborar com as autoridades competentes, sem nunca esquecer que em primeiro lugar está o bem-estar de todos os seus clientes e familiares”.

Recorde-se que a Policia Judiciária deteve um homem, de 51 anos, em Beja, por abusos sexuais.

Segundo revelou a Policia Judiciária em comunicado, “por meio de denúncia anónima, chegaram ao conhecimento da diretoria do Sul da Polícia Judiciária, factos suscetíveis de configurar a prática de crime contra a liberdade sexual”. O homem será o presidente da Cercibeja.

Segundo explicou a Policia Judiciária, na “sequência da investigação desencadeada, foi possível definir o local da ocorrência, bem assim como os seus intervenientes, mormente a vítima, uma mulher de 26 anos portadora de deficiência mental acentuada, e suspeito, um homem de 51 anos de idade, indivíduo que se aproveitou das funções que exerce numa casa de acolhimento residencial para adultos com deficiência”.

Segundo a PJ, “as agressões sexuais aconteceram em períodos distintos, reportando-se a primeira ocorrência ao Verão de 2020 e verificando-se sempre em ambiente totalmente controlado pelo ora detido, nomeadamente num estabelecimento comercial e sempre em ocasiões em que se encontravam sozinhos”.

A Policía Judiciária realçou anda que as “diligências realizadas permitiu a recolha de relevantes elementos probatórios, tendo culminado na detenção do suspeito”, no dia 20 de maio de 2021, sendo, presente perante as Autoridades Judiciárias competentes, para interrogatório Judicial tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.