Centro Interpretativo de Vinho de Talha em Vila de Frades apresentado ontem
Escrito por Admin RVidigueira em 10/11/2020
A Câmara de Vidigueira apresentou ontem, aos produtores de vinho do concelho e à comunicação social, o Centro Interpretativo do Vinho de Talha, em Vila de Frades.
Segundo a Câmara de Vidigueira este espaço que é inaugurado oficialmente esta terça-feira, e que abre as portas ao público amanhâ, Dia de São Martinho, é um “espaço de interpretação, de difusão científica e tecnológica e de divulgação do património imaterial relacionado com o saber-fazer daquele produto ancestral”, segundo revelou a Câmara de Vidigueira em nota de imprensa.
Rui Raposo, presidente da Câmara de Vidigueira afirmou que o dia de ontem era “especial”, uma vez que apresentava um novo equipamento, que pretende contribuir para a “valorização do território”, bem como “atrair mais pessoas à região”, realçando a aprovação da candidatura por parte do Turismo de Portugal, da Rota do Vinho de Talha.
Em declarações à Rádio Vidigueira, José Miguel Almeida, presidente da Adega Cooperativa de Vidigueira Cuba e Alvito, descreveu o novo Centro interpretativo do Vinho de Talha, como um espaço “histórico e futurista”, que mostra que a “tradição do vinho de talha está enraizada na região”.
Arlindo Ruivo, produtor de vinho de talha, afirma que “a região não pode viver sem vinho”, porque para além de uma “alavanca económica”, o vinho está no “ADN” da região.
Em declarações à Rádio Vidigueira, Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinicola Regional Alentejana, afirma que o espaço promove um “ex libris” de todo o Alentejo.
Francisco Mateus descreve ainda o vinho de talha como um “nicho”, com 50 mil litros certificados por ano, mas que está a “despertar interesse noutras geografias do mundo”.
De acordo com a Câmara de Vidigueira, este novo equipamento municipal, situado na freguesia de Vila de Frades, concelho de Vidigueira, “pretende transmitir aos visitantes as memórias, as vivências e as experiências relacionadas com o vinho de talha e com as gentes que ciclicamente fizeram chegar esta tradição aos dias de hoje”.
Segundo a Câmara de Vidigueira este projecto, “surgiu da necessidade de preservar este saber-fazer ancestral que, desde a ocupação do território pelos romanos, certificado pelos achados arqueológicos das ruínas romanas de São Cucufate, e até à atualidade, se manteve vivo, norteado pela simplicidade de recursos técnicos utilizados, mas cujo saber e sabor distingue e caracteriza o néctar único produzido artesanalmente em recipientes de barro, as talhas”.
Fotos: Deolinda Zacarias