Bloco de Esquerda considera “inaceitável” encerramento das urgências no Hospital de Serpa devido a surto (ACT.)

O serviço de Urgência que funciona no Hospital de São Paulo, sob responsabilidade Misericórdia de Serpa, foi “encerrado por tempo indeterminado”, alegadamente “devido a um surto de Covid”.

A denúncia é da coordenadora Distrital de Beja do Bloco de Esquerda que “considera inaceitável esta situação que obrigará os doentes dos concelhos de Serpa e de Mértola (margem esquerda do Guadiana) a recorrer diretamente à Urgência do Hospital de Beja, já tão sobrecarregada”, multiplicando o “risco de contágio de utentes que à partida não sofrem desta patologia e por isso procuram uma resposta de proximidade”.

Segundo a coordenado distrital de Beja do Bloco de Esquerda, este “encerramento por tempo indeterminado” da Urgência de Serpa não pode ser desligado duma estratégia de esvaziamento deste serviço que, há uns meses passou a encerrar à meia-noite, com uma “campainha de recurso” e, mais recentemente, encerra às 8 horas da noite”, ameaçando, segundo os bloquistas “ tornar-se definitivo”. 

A Coordenadora Distrital de Beja do BE “defende o regresso à esfera pública do SNS da gestão do Hospital de São Paulo, em Serpa.

O Bloco de Esquerda, “responsabiliza o Ministério da Saúde, a ARS Alentejo e a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo para que seja encontrada uma solução imediata para a Urgência de Serpa no quadro do SNS”.

As explicações são de Alberto Matos, coordenador distrital do Bloco de Esquerda em Beja, que acusa a Misericórdia de Serpa de “ter uma estratégia de encerramento da urgência”.

Em declarações à Rádio Vidigueira, António Sargento, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Serpa, fala num encerramento “muito provisório”, e “excecional”, que surge devido a um surto de covid-19, no Hospital, que teve inicio na Unidade de Cuidados Continuados, estando a ser avaliadas as condições para a reabertura, por parte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo.

António Sargento frisa ainda que este surto, surge uma semana após a primeira toma da vacina contra a covid-19, naquela instituição.