Aumento do preço da água de Alqueva “é inevitável” segundo ministra da Agricultura
Escrito por Admin RVidigueira em 15/02/2023
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, defendeu que “é inevitável” o aumento do preço da água do Alqueva para regadio, criticado pelos agricultores, para “garantir a operacionalidade” da empresa gestora do empreendimento.
“Este aumento tarifário é inevitável para garantir a operacionalidade da própria empresa” que gere o Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva, disse a ministra, no concelho de Crato (Portalegre).
À margem de uma visita ao local onde vai ser construída a Barragem do Pisão, a governante foi questionada pela agência Lusa sobre o previsível aumento tarifário da água para regadio a partir do Alqueva, nos distritos de Évora e Beja, que tem gerado críticas de associações e federações agrícolas.
A ministra da Agricultura e da Alimentação sustentou que o tarifário da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) “tem que refletir o aumento também dos custos de produção”.
“Portanto, aquilo que estamos a fazer é essa atualização, precisamente, passando dos três cêntimos para um valor um pouco superior”, explicou Maria do Céu Antunes, admitindo que a subida pode ficar “nos seis, sete cêntimos”.
A EDIA “é uma empresa pública” e “aquilo que quer é continuar a investir”, lembrou, referindo que “tem obras em curso e vai continuar” a fazê-las.
Em comunicado, na semana passada, a Federação Nacional de Regantes de Portugal manifestou-se “em estado de choque” com a proposta “indecente” de duplicação das tarifas da água apresentada pela EDIA e reclamou a intervenção do Governo.
Também a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) reclamou na passada segunda-feira, “um debate sério” sobre o futuro da gestão da água para regadio e um tarifário para a atual campanha no Alqueva com “níveis semelhantes” à anterior.
Rádio Vidigueira/Agência Lusa