Ana Abrunhosa defendeu aposta no Aeroporto de Beja com ligação ferroviária a Lisboa

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa defendeu ontem, uma aposta no aeroporto de Beja, com uma ligação ferroviária a Lisboa.

A ministra da Coesão Territorial, em entrevista ao ECO, referiu que esta seria uma solução que vai favorecer a coesão territorial.

Ana Abrunhosa admitiu nesta entrevista, esta hipótese, apesar de remeter para o ministro das Infraestruturas e Habitação essa decisão, que poderá estar no horizonte.

Ana Abrunhosa afirmou que, “em primeiro lugar, antes de estar sempre a criar novo, temos de potenciar aquilo que temos”. Segundo a titular da pasta da Coesão Terrirtorial “por vezes, é um pequenino investimento adicional que torna os investimentos que já temos muito mais atrativos e sustentáveis: Não dizendo que vamos fazer isso — esta resposta não significa isto — o nosso ministério tem de trabalhar com os outros e aquele com o qual mais trabalho, e bem, é com o das Infraestruturas e Habitação”.

Em declarações à Rádio Vidigueira, Claudino Matos, da Plataforma Alentejo, diz ter visto com “bastante agrado” estas declarações da ministra da Coesão Territorial, que vem na linha do que a Plataforma Alentejo tem vindo a defender.

Claudino Matos, afirma que o aeroporto de Beja pode ser complementar a Lisboa e Faro, e espera que “seja desta vez” que o Governo “olhe” para estas propostas que tem sido defendidas, pela Plataforma Alentejo.

A Câmara de Cuba reagiu em comunicado, e “congratula-se” com as declarações de Ana Abrunhosa.

Segundo a Câmara de Cuba as declarações da ministra da Coesão Territorial, “vem dar razão às reivindicações desta autarquia nas audições realizadas junto dos diversos grupos parlamentares da Assembleia da República, onde foi entregue o caderno reivindicativo “o Comboio Que Queremos” e onde a Câmara de Cuba diz ter justificado “a necessidade da modernização da Linha do Alentejo e a criação de uma ligação direta ao Aeroporto de Beja, como forma de dinamização desta infraestrutura e da promoção da tão ambicionada coesão territorial”.

Segundo a Câmara de Cuba, “tivesse a Ministra da Coesão peso político e vontade para, no seio do Governo, se bater por esta solução e tivesse o Governo a coragem para resistir à pressão por parte dos grandes grupos económicos, há muito que o Aeroporto de Beja seria um importante ativo no desenvolvimento da região e do País”.

Segundo a autarquia cubense, “o Alentejo não precisa de manifestações de fé, precisa de políticas e de políticos corajosos e de palavra que apostem na região”.

João Português, presidente da Câmara de Cuba afirma que a ministra fez “afirmações importantes e evidentes” defendendo o “óbvio”, e que tem feito parte de um caderno reivindicativo apresentado pela Câmara de Cuba.