Alvito e Beja os concelhos com maior número de sem-abrigo por mil habitantes
Written by Admin RVidigueira on 30/09/2021
Os concelhos de Alvito e Beja, são os que apresentam o maior número de pessoas em situação de sem-abrigo, por mil habitantes.
Os números foram revelados pelo inquérito de caracterização desta população, que foi publicado no portal da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA), que dá nota da existência de 11,35 e 9,72, pessoas por cem mil habitantes, em Alvito e Beja, respetivamente. Também Almodôvar aparece neste conjunto de concelhos, com 1,8 pessoas por mil habitantes em situação de sem-abrigo.
O Inquérito à Caracterização das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, revelou que no concelho de Beja existiam, em Dezembro de 2020, 324 pessoas em situação de sem-abrigo.
O concelho de Beja somava ainda 264 casos de pessoas em situação de sem-abrigo, sem teto, e um total de 60 pessoas em situação de sem-abrigo, sem casa.
Segundo este relatório Portugal tem 8209 pessoas em situação de sem-abrigo, a grande maioria na área metropolitana de Lisboa (AML).
Destas 8209 pessoas, a maioria são homens na faixa etária dos 45 aos 64 anos, sem teto ou sem casa há até um ano. As principais causas estão associadas a dependência de álcool ou de substâncias psicoativas (2.442), desemprego ou precariedade no trabalho (2.347) ou insuficiência financeira associada a outros motivos (2.017).
O conceito de “pessoa em situação de sem-abrigo” utilizado neste inquérito foi “sem teto pessoas a viver na rua, noutros espaços públicos ( jardins, viadutos, estações de transportes públicos), abrigos de emergência (vagas de emergência em centros de alojamento) ou em locais precários (carros abandonados, vãos de escada, casas abandonadas)”, e “ Sem casa: pessoas a viver em centros de alojamento temporário (Inclui as respostas da Segurança Social ou outras de natureza similar, locais para indivíduos ou famílias onde a pernoita é limitada, sem acesso a alojamento de longa duração), em alojamentos específicos para pessoas sem casa (apartamentos de transição, onde a pernoita é limitada, sem acesso a alojamento de longa duração) ou em quartos pagos (total ou parcialmente) pelos serviços sociais ou por outras entidades”.
Este inquérito resulta da “informação aos 278 concelhos do continente, tendo-se obtido 275 respostas (98,9%)”.