Agricultores mantém corte da EN 260 em Vila Verde de Ficalho

Escrito por em 02/02/2024

Os agricultores que participam no corte da estrada na fronteira junto de Vila Verde de Ficalho, no concelho de Serpa, mantêm-se esta sexta-feira, firmes no protesto e querem dialogar “com alguém próximo do primeiro-ministro”.

“A decisão que está em cima da mesa, neste momento, é continuarmos aqui e ainda mais convictos e mais firmes do que ontem”, ou seja, na quinta-feira, disse à agência Lusa António João Veríssimo, do Movimento Civil Agricultores de Portugal.

O agricultor afiançou já ter tido hoje “vários contactos” e saber que “mais gente” vai a caminho de Vila Verde de Ficalho, onde está cortada, desde as 03:00 de quinta-feira, a Estrada Nacional 260 (EN260), a poucos quilómetros da fronteira com a localidade espanhola de Rosal de La Frontera (Andaluzia).

“Não estamos de forma alguma cansados. Estamos é motivados para estar aqui e para que saiam daqui resultados e as pessoas começam a acreditar que tem que ser por aqui, esta [o protesto] é a única arma que temos” para ser ouvidos, argumentou.

Insistindo que os agricultores não desmobilizam junto daquela fronteira, em que tratores e máquinas agrícolas estão atravessados na EN260 a cortar o trânsito, António João Veríssimo reclamou que é preciso que “alguém próximo do primeiro-ministro” se desloque ali ou, pelo menos, à distância, dialogue com eles.

“Nós não saímos daqui enquanto não tivermos respostas concretas e tem que ser [de] alguém próximo do senhor primeiro-ministro”, que “ainda é a pessoa que pode pôr aqui ‘água na fervura’ nesta situação que estamos a viver”, disse.

Quanto à ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, os manifestantes não querem falar com a governante: “A nossa ministra não tem credibilidade para negociar connosco. Nós não acreditamos no que ela diz. Já fomos enganados demasiadas vezes”.

Segundo António João Veríssimo, os agricultores concentrados nesta fronteira alentejana reclamam, “no imediato”, mais apoios para a seca, pois “os espanhóis receberam três vezes mais” do que os portugueses, e “a reposição do pagamento dos 35% da agricultura biológica e dos 25% da produção integrada”.

Outras reivindicações, que o porta-voz do movimento de agricultores reconhece que terão de ser resolvidas com mais tempo, incluem a revisão do PEPAC ou a reversão da integração das direções regionais de Agricultura nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

 

Rádio Vidigueira/Lusa


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