Crónica de Opinião – Lopes Guerreiro – 10//09/2024

Marco Abundância 10/09/2024

A crónica de Lopes Guerreiro.

Será que o PS cai neste canto da sereia?!…

Muito se fala do estado e de eventuais crises do Regime Democrárico, da Nação e do próprio Estado. Raramente de uma forma séria e com vontade de enfrentar e resolver os principais problemas com que se debatem. Quase sempre oportunisticamente, acusando-se mutuamente, os que estão no poder e na oposição, de todos os males e procurando tirar dividendos desse confronto.

A falta de seriedade e de cumprir promessas e de honrar compromissos é um dos mais graves problemas que afecta a Democracia. Os cidadãos têm vindo a deixar de acreditar nos políticos porque, muitos deles, prometem tudo e mais um par de meias quando estão na oposição e ignoram as promessas feitas logo que alcançam o poder.

“Eles são todos iguais” é uma frase que entra em quase todas as discussões políticas, tanto servindo para atacar políticos como para desculpá-los pelo incumprimento de promessas. E dessa forma, os cidadãos vão desvaloriozando a importância da Política e principalmente dos seus agentes para a resolução dos seus problemas e da satisfação das suas necessidades e, consequentemente, vão achando que têm de procurar desenrascar-se sozinhos porque vivemos num mundo do “salve-se quem puder”.

Em 2 de Abril, na tomada de posse do governo, o primeiro-ministro Luís Montenegro afirmou, entre outras coisas, que o governo estaria “focado essencialmente na resolução dos problemas das pessoas e na promoção do interesse nacional”, que “numa altura onde o Estado não responde adequadamente aos cidadãos no acesso a bens essenciais …, seria imperdoável que a Política se constituísse como agravante e não como solução para tantos problemas”, que não ia “governar para a propaganda” mas “para os resultados” e que queria “menos pobreza e mais crescimento económico; rigor orçamental e serviços públicos eficientes”.

Deixando de lado o combate à pobreza e o fomento do crescimento económico, que exigem mais tempo, todos os outros objectivos apontados eram de execução rápida ou, pelo menos, o governo já devia ter dado sinais de que estava a concretizá-los.

Ora, ao que temos assistido, designadamente neste Verão?

Mais problemas com urgências hospitalares, designadamente pediátricas e de ginecologia e obstetrícia, com grávidas a terem de fazer centenas de quilómetros para serem assistitidas e algumas a terem os seus bebés em ambulâncias dos bombeiros.

O novo ano escolar vai iniciar-se com dezenas de milhares de alunos sem professores a pelo menos uma disciplina, para além de outros problemas.

Grandes incêndios e dificuldades em combatê-los, com especial gravidade o que atingiu a Madeira. Queda de dois helicópteros, um de emergência médica, sem vítimas a lamentar, e outro de combate a incêndios que provocou a morte de cinco guardas da GNR e ferimentos no piloto.

As instalações da Secretaria de Estado do Ministério da Administração Interna foram assaltadas e roubados computadores, sem que os serviçss de segurança tivessem dado por isso. Parece que as câmara de vídeovigilância não gravaram as imagens. Cinco dos prisioneiros mais perigosos fugiram da prisão de Vale de Judeus, em Alcoentre e só quarenta minutos depois foi dado o alerta às autoridades policiais.

Registou-se um sismo de alta magnitude mas sem quais consequências e o Presidente da República e o primeiro-ministro em exercício vieram a público de imediato enaltecer a pronta reação dos serviços de emergência, que não tiveram qualquer intervenção porque, como dissemos, o sismo não provocou danos…

Estes, entre tantos outros, não são problemas novos, mas alguns, como os apontados na Saúde e na Educação, porque já conhecidos e apontados pelo governo para terem tratamento de emergência, não foram resolvidos nem sequer atenuados e, entretanto, o governo tem-se mostrado focado em demitir responsáveis de serviços públicos e substituí-los por outros, sem outra explicação que não a da confiança política.

Luís Montenegro tem insistido na necessidade do PS ser responsável e não chumbar o Orçamento de Estado, quando, na oposição defendeu o chumbo dos Orçamentos apresentados pelo PS, afirnando que não não o fazia por desrespeito, nem de radicalismo, nem de irresponsabilidade… Será que o PS cai neste canto da sereia?!…

Até para a semana!                                                                            LG, 10/09/2024

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