Coletivo Beja Aberta quer debater cidade em “estado crítico de deterioração física e cultural”
Escrito por JoaquimOliveira em 05/11/2024
A Comissão Promotora do coletivo Beja Aberta vai realizar uma reunião, no dia 15 de novembro, pelas 18, nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Beja.
Em comunicado enviado às redações a Comissão Promotora, afirma que “Beja é uma cidade que se encontra num estado crítico de deterioração física e cultural a cada dia que passa”.
Segundo o coletivo Beja Aberta, “à desertificação do centro histórico associam-se vários outros sintomas da doença de que padece, que vão da cultura à habitação, passando pelas lacunas nas acessibilidades a servir toda a população”.
No aspeto cultural, o coletivo Beja Aberta, aponta “uma situação confrangedora, onde o que transparece são atividades desinseridas de um plano cultural com objetivos, pensado e gizado em discussão com a população e os agentes culturais que habitam a cidade”.
O coletivo sublinha, em comunicado que, Beja “não tem papel relevante no desenvolvimento da região”, e “perde de forma continuada valências como centro administrativo e vive à margem quer das políticas rodoviárias e ferroviárias definidas pelo poder central, com isto se isolando do país e do mundo”.
O coletivo, aponta ainda que, “Beja possui um ensino superior politécnico que, no entanto, funciona de costas viradas para a cidade, realidade impeditiva do desabrochar de sinergias capazes de potenciarem a sua vida cultural, social e económica”.
O coletivo Beja Aberta, aponta também, a “insensibilidade social e cultural com que os poderes públicos tratam as minorias étnicas que a habitam, da comunidade cigana às que estão ligadas ao movimento migratório”.
Este movimento diz ser “tempo de acordar e refletir sobre esta realidade”, apontando esta reunião aberta, com o objetivo de “promover a discussão pública sobre o presente e o futuro de Beja, contribuindo para a construção de uma ideia de cidade e de concelho, guia orientador de uma ação de mudança e de afirmação política, cultural, económica e social deste território”.