CNA aponta “décadas de más politicas” no setor agrícola

Escrito por em 27/07/2023

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defendeu em comunicado, que as “Estatísticas Agrícolas 2022”, divulgadas recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística, “confirmam os efeitos desastrosos que décadas de más políticas tem feito recair sobre o sector”.

Em comunicado a CNA diz confirmar-se uma “quebra acentuada no rendimento da actividade agrícola (-11,7%), em termos reais, face ao ano anterior, impulsionada pela diminuição do Valor Acrescentado Bruto (-8,7%) e pelo aumento dos custos de produção (+23,7%), tudo o que os agricultores precisam para produzir ficou muito mais caro”.

Segundo a Confederação Nacional de Agricultura, “as notícias são péssimas para os agricultores, sobretudo os pequenos e médios que têm sentido de forma brutal os aumentos dos custos de produção, sem reflexos compensatórios no preço a que vendem a sua produção, mas também para os cidadãos, para a economia nacional e para a segurança e soberania alimentares do país”.

A CNA aponta as “bandeiras políticas” do Governo, “do produzir para exportar para equilibrar a balança comercial e de, simultaneamente, ir reduzindo anualmente a dependência externa, não só não obteve os apregoados objectivos como agravou a situação do país”, estando Portugal “cada vez mais dependente do exterior para alimentar a população”.

Segundo refere a CNA, “nem o saldo da balança comercial pode servir para o Ministério da Agricultura colorir o péssimo cenário que temos à nossa frente: o défice da balança comercial dos produtos agrícolas e agro-alimentares agravou-se em 1.374,5 milhões de euros e atingiu o valor mais elevado deste século”.

Segundo a Confederação Nacional de Agricultura, “a situação grave do sector, que tem condenado milhares de agricultores, sobretudo a Agricultura Familiar, ao empobrecimento e ao desaparecimento, tem a sua génese em décadas de más políticas agrícolas e de mercados, levadas a cabo por sucessivos Governos.

A CNA sublinha que “tem reiteradamente denunciado estas más políticas e apresentado  propostas, mas o Governo faz orelhas moucas”, renovando a urgência de se inverter a política do apoio às grandes empresas do agro-negócio que produzem para exportar e de colocar no mercado externo a salvação para as carências do país”.

A CNA criticou ainda que “os apoios, anunciados propagandisticamente aos “milhões”, chegam tarde e quando chegam deixam os mais pequenos de fora”.

 

Foto: CNA


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