CAP quer medidas urgentes para travar Lingua Azul
Escrito por JoaquimOliveira em 12/11/2024
A CAP pede ao Governo medidas urgentes para combater a doença da Lingua Azul, que já provocou prejuizos de seis milhões de euros.
Em comunicado, a Confederação dos Agricultores de Portugal revelou que, “do início de setembro até ao dia de hoje contabilizam-se mais 40 mil mortes entre a população de ovinos, face a igual período do ano passado”.
A CAP defende que, a “vacinação obrigatória contra o serotipo 3 da Língua Azul para ovinos e bovinos deve ser imediatamente incluída no Programa de Sanidade Animal (PSA) e disponibilizada sem encargos para os produtores”.
A Confederação dos Agricultores de Portugal revelou ainda, que o Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração (SIRCA), coordenado pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária do Ministério da Agricultura, “não tem tido a capacidade de processar o elevadíssimo número de animais mortos na sequência da epidemia de febre catarral ovina que atinge já todos os distritos de Portugal continental”.
A CAP refere que este sistema “não está dimensionado para uma situação catastrófica como a atual”.
Para além da vacinação, a CAP defende que, o Estado português deve “coordenar e executar ações estratégicas de desinsetização por forma a eliminar o maior número possível de mosquitos transmissores deste vírus”.
A CAP aponta que, o “impacto no setor é já devastador, com prejuízos que ascendem neste momento a cerca de 6 milhões de euros”.
Como tal a Confederação de Agricultores diz ser “da maior urgência que a tutela reconheça a enorme gravidade da situação e que intervenha de forma célere com ajudas financeiras aos agricultores e a inclusão da vacina contra o serotipo 3 da Língua Azul para ovinos e bovinos no PSA”.
A CAP “apela aos agricultores para que declarem os casos de doença, para que a real dimensão do surto seja verificada estatisticamente, de forma que os mecanismos de apoio existentes possam ser devidamente acionados”.