Megalitismo Alentejano vai ser classificado conjunto de interesse nacional

A Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlentejo),  viu publicado em Diário da República, a abertura do procedimento de classificação do Megalitismo Alentejano.

Segundo anunciou a direção regional de cultura do Alentejo, o  processo de classificação, que totaliza 2049 monumentos,  foi desencadeado em outubro de 2020, junto da Direção-Geral do Património Cultural e do Conselho Nacional de Cultura, a “classificação urgente e excecional de todo o conjunto do património megalítico da região do Alentejo como conjunto de interesse nacional”.

Segundo a direção regional de cultura do Alentejo,  a “urgência da salvaguarda deste conjunto surge perante as várias destruições de património arqueológico resultantes do modelo de agricultura super intensiva que tem vindo a ser implementado no Alentejo, numa situação dramática e de crescente e sistemático desaparecimento da sua paisagem cultural”.

A DRCA acrescenta que “o conjunto em classificação do Megalitismo Alentejano, inédito na sua dimensão, totaliza 2049 monumentos, alguns dos quais em mais do que um concelho, correspondendo à área de maior concentração de monumentos megalíticos da Península Ibérica e uma das mais relevantes à escala europeia”.

O Megalitismo, segundo explica a direção regional de cultura, “corresponde ao fenómeno identitário de maior projeção na história das primeiras sociedades camponesas, do 4º e do 3º milénio a.n.e. no Alentejo, dada a sua monumentalidade, conceção arquitetónica, relação com a paisagem e com o cosmos, e ainda pelo investimento socioeconómico que para aquelas comunidades pré-históricas, terá significado a sua construção”.

As explicações são de Ana Paula Amendoeira, diretora regional de cultura do Alentejo, que fala numa medida “histórica e muito importante”, e que já permite a proteção destes monumentos.

Ana Paula Amendoeira